Ele entra de novo naquela selva móvel de metal e trilhos, sua missão: proclamar aquilo em que acredita: sua fé a todos os presentes, quer eles gostem ou não. Pessoas dos mais variados tipos, idéias e intenções do que vão fazer após sair daquele trem. Muitos ignoram suas palavras, o chamam de louco, outros o escutam concordando com o que sai de sua boca. Não se sabe seu grau de instrução ou suas posses, mas sempre se pode ver seu sorriso, ele se sente feliz fazendo o que faz.
Todo dia ele faz aquele mesmo trajeto seguindo com sua missão particular, seu corpo já é frágil, não se importa com as adversidades apresentadas e quando consegue vencê-las, da apenas um sorriso e diz: - “Foi Deus quem quis que fosse assim...”. Segue de vagão em vagão firme em seu discurso repetitivo acreditando que esta fazendo o seu melhor. Algumas mulheres, aparentemente “xiitas” no auge de seus saiões, cabelos presos e sua face limpa de qualquer maquiagem “mundana” começam a cantar uma musica de louvor dando um toque de cerimônia religiosa às palavras daquele homem... Após o fim do canto, ele continua pregando o que acredita. O trem para, as pessoas começam a descer dos vagões prontas a cuidar de suas vidas, ele coloca um sorriso e se despede dos que passam por ele :”-Deus te abençoe”, ele é o último a sair daquele trem, segue pela área de desembarque e vai embora, para no outro dia refazer o mesmo percurso, o mesmo discurso...
THE E.D.E.
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