sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O pregador ou palavras de fé ao valor de R$ 0,50...

Ele entra de novo naquela selva móvel de metal e trilhos, sua missão: proclamar aquilo em que acredita: sua fé a todos os presentes, quer eles gostem ou não. Pessoas dos mais variados tipos, idéias e intenções do que vão fazer após sair daquele trem. Muitos ignoram suas palavras, o chamam de louco, outros o escutam concordando com o que sai de sua boca. Não se sabe seu grau de instrução ou suas posses, mas sempre se pode ver seu sorriso, ele se sente feliz fazendo o que faz.
Todo dia ele faz aquele mesmo trajeto seguindo com sua missão particular, seu corpo já é frágil, não se importa com as adversidades apresentadas e quando consegue vencê-las, da apenas um sorriso e diz: - “Foi Deus quem quis que fosse assim...”. Segue de vagão em vagão firme em seu discurso repetitivo acreditando que esta fazendo o seu melhor. Algumas mulheres, aparentemente “xiitas” no auge de seus saiões, cabelos presos e sua face limpa de qualquer maquiagem “mundana” começam a cantar uma musica de louvor dando um toque de cerimônia religiosa às palavras daquele homem... Após o fim do canto, ele continua pregando o que acredita. O trem para, as pessoas começam a descer dos vagões prontas a cuidar de suas vidas, ele coloca um sorriso e se despede dos que passam por ele :”-Deus te abençoe”, ele é o último a sair daquele trem, segue pela área de desembarque e vai embora, para no outro dia refazer o mesmo percurso, o mesmo discurso...


THE E.D.E.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

BANCO DE RESERVAS...

E quando você começa a jogar no time principal? Quando começa a realizar encomendas com os “grandes” e você se sente acuado, quase assustado? O frio na espinha, aquela sensação incomoda de ter três gatos persas e um siamês brigando em seu estomago, isso era tudo o que sentia naquele momento, tinha encontrado pessoas as quais ele mesmo tinha prometido não trabalhar, mas sabia que um dia isso poderia (e iria!) acontecer, ficou a duvida se continuaria ou não, resolveu continuar, queria trabalhar com os “grandes” e se para isso deveria mais uma vez separar seu pessoal do seu profissional faria com a mesma maestria que fez no passado...
Equipamento que não se tem o habito de trabalho... , pessoas novas para trabalhar, situações loucas de encomendas, isso o fez feliz, a cerveja gelada símbolo de vitória de uma nova empreitada, tudo termina bem, mas ele só conseguiu relaxar e pensar no seu trabalho depois de lembrar-se das palavras de uma pessoa alguns meses em um dos seus maiores teste de fogo: “-sei que ele consegue confio no trabalho dele”...
Ele agora saiu do banco de reservas e estava disposto a lutar para firmar-se em sua posição, pois agora ele jogar com os “grandes”...

THE E.D.E.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

copos e etc...

Em meio a mais um copo sendo esvaziado, dois irmãos conversam sobre suas inseguranças, o vento frio vindo do Atlântico passa silvando entre eles...

-Você sabe que é um risco muito grande que corre, não acho seguro você se arriscar dessa forma.
-Entendo, mas não posso viver em função de alguém que não se decide, afinal de contas não tenho “filho da puta” tatuado na testa!
-Eu sei. Mas você entende os riscos, ela pode realmente desistir de tudo e você depois se arrepender, seu problema é sempre deixar tudo explicito, você tem esse gênio forte e gosta sempre de ter tudo às claras, apesar de ser um ótimo trapaceiro. Ela tem isso em favor dela, ela se encontra em uma posição muito confortável com relação a você...
-Entendo meu irmão, mas acho necessário realizar isso. Faça-me um favor então, levante informações, sei que eu tenho mais prática em levantar informações, mas nesse caso, não sou de nenhuma valia...
-Tentarei...

Horas se passam, a garrafa se esvazia, o dia amanheceu, eles chegam ao ponto onde apenas um vai pegar o ônibus. O relógio marca cinco e 45 da manhã

-Lembre-se de tentar colher as informações que lhe pedi.
-Ok.
-E mais uma coisa, você não me viu, entendeu, deixe que as perguntas comecem Por ela...

Passam-se dias e ele recebe um telefonema...

E ele escuta sua consciência, martelar em sua cabeça após desligar o telefone.

Você sempre falou nas entrelinhas, mas esqueceu de algo primordial...
Paciência e inércia são coisas totalmente diferentes, deixe desse orgulho e medo, seja como sempre foi, sem mascaras, siga com seu caminho, desviar é imprudente e um erro que pode ser fatal...
Deseja tocar aqueles lábios, sentir novamente o perfume de sua pela, deseja para de viver a memória estúpida de seu toque no café?
Lute, principalmente contra seus medos...
Seja orgulhoso com o que pede orgulho, não com que realmente importa para você...


THE E.D.E.