terça-feira, 4 de setembro de 2007

O moinho não se mexe sozinho

O gosto suave do cigarro, ele sentiu ao tragar novamente, era a primeira vez em 3 meses, tinha resolvido parar recusou até quando fora oferecido pela bela moça ao tentar colocar o cigarro em sua boca. “ – engraçado, senti a falta dela agora”, faziam semanas que não encontrava, quando não tinha trabalho, estava preso com outras coisas, família, universidade, viajando a trabalho, queria ocupar todo o tempo que tinha livre, porem, havia esquecido a bela moça daquela noite, sempre tão cansado, quase não tinha mais tempo para ele mesmo, daí, veio a saudade, sentia novamente aquele vazio intenso dentro de si, um vazio que não conseguia controlar, sentiu a falta dos beijos daquela moça, beijos que foram em uma única noite, mas que marcaram, ele que quase nunca se arrependeu nesta vida, apesar de sua pouca idade sempre lembrou-se de que nesta vida, devemos nos arrepender do que não fizemos..., e ele tinha mais uma vez a certeza deste dito, deveria ter aceitado o cigarro dela, hoje, sempre quando acende o cigarro, ele lembra dela, esteve a ponto de esquecer de si mesmo, mas, esta retomando sua vida, e as únicas duvidas que lhe restam, é se ainda pode correr atrás do tempo perdido, ter novamente os beijos de sua bela moça...
Ele acende o cigarro, o fuma, e volta para sua mesa de trabalho, com uma nova idéia, não sabe por onde (e se dever) começar, mas vai, afinal de contas, devemos nos arrepender do que não fizemos e todo aprendizado é válido.

Agora eu vou acender o meu cigarro, tomando emprestadas, as palavras do “Cordel do Fogo Encantado: “fumando o cigarro da saudade, e na fumaça, o nome dela...”.

Niaranjan o O’do borogódo.